terça-feira, 21 de julho de 2009

Branca é a luz.

[você fecha a porta, e joga a chave fora,você me rearranja até que eu fique são,existe alguém em minha cabeça que não sou eu.]

ela vinda, toda luz. 'franja na testa, escondendo o pensamento,que só pensava em mim'
jeans,all star. quando mais simples se vestia, mas bonita ficava, e mais ele prendia os olhares nela. um bar, dois copos, várias garrafas de cerveja barata, e um cigarro barato, numa rua barata, e um amor, mais barato ainda.


- eu sei tão pouco de tu, depois de alguns anos...e tu era tão perto de mim.
- ...
- em nenhum momento eu pude te esquecer,tu é muito do que eu sinto, do que eu sou.
muitos dos meus devaneios. tu é uma decadência, um caos, tão amável quanto o que eu desejo ser.
- err, xêu falar?
- não, não. sempre você, sempre...eu sempre te dando tudo o que eu sinto, do ódio, do ciúme, ao amor, ao calor mais quente da minha pele. , e você,sempre vocêa voz, a razão,vem, me toma, me tira do meu eixo, e depois? depois some.
- eu podia explicar...
- não! por acaso tu sabe que minhas flores todas murcham quando tu bate aquele portão? claro que não sabe, é só você dobrar a esquina que todas elas desabrocham de novo.
- sabe...eu vou voltar sempre, mas eu sempre tenho que partir, já que 'o mundo peder a flor quando esta desabrocha...'
- sabe porque eu te amo tanto? porque é ÓBVIO que você não é o melhor partido.
porque é muito claro que tu é mesmo um cafajeste.
porque cai bêbado e só cheira a cigarro.
porque eu não posso contar com a tua presença amanhã só porque te tenho hoje.
porque eu te amo incansavelmente e todo dia de um jeito deliciosamente diferente.
- se eu te explicasse, você não iria entender...era o fim de mais um ano, e pra mim? o começo de um talante que nunca teria fim, mas muitos intervalos, que só iriam fazê-lo dar cria. breve, breve, e intenso, feito o sol nascendo, você já viu o quanto é efêmero? mas eu nunca vi nada mais lindo, e quente, nada mais intenso a ponto de cobrir tudo ao redor e além...
- bateu na mesa. você bateu na mesa, quebrou o copo no chão e me deixou aqui, só. lembra? não, claro que não lembra, bebeu tanto, que não lembra. mas era eu,eu que você disse que sempre ia cuidar...
- era o meu jeito de te deixar, um jeito de você me odiar, e te deixar sem doer, pra você. por que de mim a dor seria inevitável.
-falhou. você pode tocar fogo na casa, rasgar meus vestidos, destruir tudo, tudo enfim...não adianta, eu te amo ,te quero, te desejo. e sempre vai ser assim, e nunca vai mudar. porque todas as vezes que você voltar, eu vou te abraçar com a minha alma, e do caos às pétalas, meu corpo inteiro vai se dedicar na tua vida, e minha pele, meus poros, meus beijos, te trarão pra perto de mim. tu és uma sensação boa e ruim da qual eu nunca vou, nem quero me desprender.

porque nós podemos chamar de paraíso.

[e saíram juntos, com as mãos de encontro...numa cidade com cheiro de mangue,banhados de talantes. e depois? eu ainda não vivi pra contar...ainda.]

Um comentário:

clarissa disse...

essa doença chamada amor.