sábado, 29 de novembro de 2008

Santo bêbado dum carnaval.

Arrasa,o meu projeto de vida,
santo bêbado dum carnaval.
Carne viva,
seringa,
fogueira num vendaval.

Palavras fugitivas num discurso,
e muda o curso num leito dum rio,
lava o sal do mar,
tira as nuvens pra lavar,
abre pétala por pétala,
e as devolve quando o sol se dissipar.

Prato uno dum vagabundo,
id pisoteando ego num samba de fevereiro.
Poder ludibriante de um político,
ante um povo sem lembranças.

Rasga o jornal,e bebe o último gole do café,
fuma pontas num cinzeiro,
bate porta,
leva a rede,
muda o curso de uma história.

Arrasa com meu projeto de vida,
és última gota de sangue na revolução,
és o último suor da construção.