quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Os Meninos Cinzas de Recife.

Os meninos cinzas das ruas de Santo Amaro,
Os meninos sem cor de Recife.
Me fizeram crer que era puro egoísmo,
meu bom humor de tarde quente,
meu bom humor de terça- feira de verão.
e o é,
e o somos.

Os meninos cinzas de Santo Amaro,
são meninos filhos,
meninos frutos do nosso ventre,
do ventre do nosso silêncio.
Silêncio que nos ata as mãos,
e nos cega a vista.

Os meninos cinzas de Recife,
são fruto daquilo que nos tapa a visão
da nossa covardia diante do nosso
próprio egoísmo.

Os meninos cinza de Santo Amaro,
são nascidos do nosso silêncio.
E é do nosso medo que eles morrem.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Do pescador e do poeta.


A lua, e seu poder gravítico
Empurra o mar pro pescador namorar...
E puxa o mar,
Empurrando o pescador pro além mar.

Já vistes, menina, o quanto são azuis
Os devaneios de quem é de amar?
De quem é poeta,
De quem é da pesca, de quem é do mar?

Jangadas vem e vão,
E poetas, e pescadores
Amam, e vivem
do fluxo das águas
Escrevem e pescam,
Do sopro do vento,
Dos caprichos da Lua.

O mar é quem manda, menina
na vida de um piscatório
Ele leva, ele traz, menina, já vistes?
Ele joga o coração de um homem na linha do horizonte,
na amásia
Com a força das marés de sizígia
Depois, traz docemente
O homem já cansado da labuta,
No sopro de uma leve brisa,
traz pros braços, menina
pros alicerces do porto seguro.

A lua, e sua força gravitacional
Empurra o mar pro pescador namorar...
E puxa o mar,
Empurrando o pescador pro além mar.
Empurra o mar pro pescador namorar
Empurrando o pescador pro além mar.
Empurra o mar pro pescador namorar
Empurrando o pescador pro além mar...

domingo, 10 de janeiro de 2010

A paixão de Lia.

Lia se apaixona quando se surpreende com obviedades invisíveis, o quanto brilha o que é tão óbvio a ponto de nos cegar.

sábado, 9 de janeiro de 2010

O amor do mundo, o amor de Lia.

Primeiro, Lia não acreditava em amor.Depois, Lia achava que só se amava uma pessoa, uma vez na vida.Foi quando Lia viu que se pode amar várias vezes, várias pessoas, de jeitos diferentes e ao mesmo tempo. E se jogou no mar, no mar da valsa que é a vida.