sábado, 16 de janeiro de 2010

Do pescador e do poeta.


A lua, e seu poder gravítico
Empurra o mar pro pescador namorar...
E puxa o mar,
Empurrando o pescador pro além mar.

Já vistes, menina, o quanto são azuis
Os devaneios de quem é de amar?
De quem é poeta,
De quem é da pesca, de quem é do mar?

Jangadas vem e vão,
E poetas, e pescadores
Amam, e vivem
do fluxo das águas
Escrevem e pescam,
Do sopro do vento,
Dos caprichos da Lua.

O mar é quem manda, menina
na vida de um piscatório
Ele leva, ele traz, menina, já vistes?
Ele joga o coração de um homem na linha do horizonte,
na amásia
Com a força das marés de sizígia
Depois, traz docemente
O homem já cansado da labuta,
No sopro de uma leve brisa,
traz pros braços, menina
pros alicerces do porto seguro.

A lua, e sua força gravitacional
Empurra o mar pro pescador namorar...
E puxa o mar,
Empurrando o pescador pro além mar.
Empurra o mar pro pescador namorar
Empurrando o pescador pro além mar.
Empurra o mar pro pescador namorar
Empurrando o pescador pro além mar...

5 comentários:

Katarine Araújo. disse...

"de vez em quando
eu vejo o mar
gritando
'preu me jogar

me prometendo tanto
pra ve seu eu fico até o sol raiar.

me seduz
dança na minha frente
imita o céu
me prende

mas de noite essas águas
vão se acalmar
e eu vou me afogar
em outro mar
onde a tormenta
eu não consigo entender
mas eu gosto mesmo
é de lá
é de lá"

andré vinhaes.

sintonia literária.

Unknown disse...

é a lua, meu amor, é a lua.
isso aqui ta muito bom :*

Fred Caju disse...

Sem querer segurar a vela por aqui, mas o recurso utilizado em "puxa" e "empurra" foi sensacional.

Katarine Araújo. disse...

hahaha gostasse? pensei que ninguem ia notar minha tentativa de efeitos especiais.

Fred Caju disse...

E muitos não verão... Afinal, isso é poesia.