domingo, 21 de fevereiro de 2010

Como reza toda tradição: é tudo uma grande invenção.

"A nossa tendência é colonizar o outro"(Frei Betto)

partindo do princípio que,no dito sistema imposto,não há tempo para se perder com o outro(posto isso de forma que não nos trará lucros), nos vemos num mundo em que apenas nossas idéias são aceitáveis,tendo em posição que integrar-se nas idéias alheias custa muito, muito tempo,e claro, dinheiro.
em dias que não nota-se a ausência de nuvens no céu, ou mesmo seu excesso de azul em dias que nos faltam bom dias e boa noites, onde a medida existencial é o tempo, não temos tempo pra viver, vivemos para o mesmo de forma que vivemos para o sistema, somos peças de uma engrenagem...vivemos para seguir, nunca para criar, o que nos é imposto é tido como natural e quem ousa contestar?
o sistema trabalha visando uma espécie de ausência de diferenças...no entanto, a aparente ausência delas tende por agravá-las já que, se há, diante de nós uma imagem igualitária ainda que distorcida, teremos muito mais a fazer para que antes de tudo se possa ver além dela...tornar óbvio o que já é gritante, expor o quanto é injusto, e o quanto temos sim, TUDO a ver com isso e notar que destruímos muito mais por não construir.
crer e fazer crer naquilo que não é palpável, imaterial sonhar e fazer sonharem como nós, nossos sonhos coletivos "onde a condição para o livre desenvolvimento de cada um,é a condição para o livre desenvolvimento de todos"(Marx).
não há tempo para perdemos pensando na perda do mesmo é tempo de dar as mãos e pensar nas mentes férteis, nos corações febris, nos abraços efusivos e em toda vida que(ainda)escorre por entre nossos dedos, é tempo de acreditar por mais que nos façam desistir, é jamais se entregar, hoje é o dia, agora é a hora, sem perder a ternura, JAMAIS!