terça-feira, 7 de julho de 2009

É quando me vem o dia. o dia que me leva, todos os devaneios e desejos, as saudades mais bem quistas que a noite revelara, não há nada, nada que um poeta não resolva, e não há ninguém que nunca tenha se sentido intimimamente tocado por um.
Preciso não dormir, preciso não perder tudo de dentro de mim com o amanhecer. de dia tudo é tão real, e nenhum poeta ébrio de sono tem o mesmo desabrochar.
Durmo coberto com todos os meus pensamentos mais sublimes, os mais avassaladores, todas as letras e palavras bem guardadas, me afagando por dentro, num carinho imenso, de dentro pra fora,povoando minha cabeça, lavando meu coração.
E hoje? o que o sol me deu? só me levou, todos os amores, os desejos, e todas aquelas palavras que eu fui dormir guardando, guardando pra te dar de manhã. Foi tudo embora, como aquelas tais que te amam por toda a vida à noite inteira e te deixam de manhã sem bilhetes nem suspiros. Vai se tudo, tudo embora. A poesia é egoísta, ela não te espera. Ela vem, linda, amável, cheia de vontades e prazeres, mas se vai, da mesma forma que vem, e não espera por ninguém.
fui dormir pensando, guardando as palavras
as palavras que eu quis te dar de manhã.

2 comentários:

Diego Albuquerque disse...

Vai no meu velho blog e ler o texto porque sim, principalmente se tiver baixado o ultimo cd que tem la no outro blog.

heheheheheheh

E eu nem curto poesia, mas nao da pra negar que ela vem e povoa tudo.

:*****

clarissa disse...

"E hoje? o que o sol me deu? só me levou, todos os amores, os desejos, e todas aquelas palavras que eu fui dormir guardando, guardando pra te dar de manhã"

botasse pra fuder, maguinha. gostei principalmente dessa parte.
ja disse que gosto do que tu escreve, num disse? beijs