Dali na parede nos revela
Nada está como é
Nada é apenas o que parece
Tudo é mais ainda o que não se vê
Mas o que parece
O que é?
Só nós
A fumaça em arabescos flutuando com plenitude
E Dali na parede
Estranhamente a nos observar sem pudor
Com seus olhos e múltiplas faces
Dali na parede
Eu e você
Dali na parede me dá vontades
De te colocar na parede
E te descobrir as múltiplas faces
Dali na parede
Eu e você ao chão
Sob ângulos e ângulos e posições.
4 comentários:
quem não sabe escrever com forma apela pro método maiakovskiano.
Caralho!
Depois de um mês contado, atualizou com louvor em ambos os posts!
não existe o "saber escrever",existe o "estar escrevendo". assim como não há o ser poeta, mas o estar poeta. e voce foi poeta (ou poetisa) nesse poema, pois me trouve uma nova visão de uma visão de um quadro de Dali. você me levou a outras dimensões, não somente a dimensão dos olhos, do ver o quadro, mas também a dimensão física, e à dimensão erótica. entre outras dimensões que eu não percebi.
Fazendo uma ponte com o comentário acima, teu poema me levou à dimensão de viver entre a pintura e a poesia.
Belíssimo, moça! :)
Beijo,
Ane
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