domingo, 25 de abril de 2010

Dalí na parede nos revela




Dali na parede nos revela



Nada está como é



Nada é apenas o que parece



Tudo é mais ainda o que não se vê



Mas o que parece





O que é?





Só nós



A fumaça em arabescos flutuando com plenitude



E Dali na parede



Estranhamente a nos observar sem pudor



Com seus olhos e múltiplas faces





Dali na parede



Eu e você



Dali na parede mevontades



De te colocar na parede



E te descobrir as múltiplas faces





Dali na parede



Eu e você ao chão



Sob ângulos e ângulos e posições.

4 comentários:

Katarine Araújo. disse...

quem não sabe escrever com forma apela pro método maiakovskiano.

Fred Caju disse...

Caralho!

Depois de um mês contado, atualizou com louvor em ambos os posts!

Leo Zadi disse...

não existe o "saber escrever",existe o "estar escrevendo". assim como não há o ser poeta, mas o estar poeta. e voce foi poeta (ou poetisa) nesse poema, pois me trouve uma nova visão de uma visão de um quadro de Dali. você me levou a outras dimensões, não somente a dimensão dos olhos, do ver o quadro, mas também a dimensão física, e à dimensão erótica. entre outras dimensões que eu não percebi.

Unknown disse...

Fazendo uma ponte com o comentário acima, teu poema me levou à dimensão de viver entre a pintura e a poesia.

Belíssimo, moça! :)

Beijo,
Ane