[você fecha a porta, e joga a chave fora,você me rearranja até que eu fique são,existe alguém em minha cabeça que não sou eu.]
ela vinda, toda luz. 'franja na testa, escondendo o pensamento,que só pensava em mim'
jeans,all star. quando mais simples se vestia, mas bonita ficava, e mais ele prendia os olhares nela. um bar, dois copos, várias garrafas de cerveja barata, e um cigarro barato, numa rua barata, e um amor, mais barato ainda.
- eu sei tão pouco de tu, depois de alguns anos...e tu era tão perto de mim.
- ...
- em nenhum momento eu pude te esquecer,tu é muito do que eu sinto, do que eu sou.
muitos dos meus devaneios. tu é uma decadência, um caos, tão amável quanto o que eu desejo ser.
- err, xêu falar?
- não, não. sempre você, sempre...eu sempre te dando tudo o que eu sinto, do ódio, do ciúme, ao amor, ao calor mais quente da minha pele. , e você,sempre vocêa voz, a razão,vem, me toma, me tira do meu eixo, e depois? depois some.
- eu podia explicar...
- não! por acaso tu sabe que minhas flores todas murcham quando tu bate aquele portão? claro que não sabe, é só você dobrar a esquina que todas elas desabrocham de novo.
- sabe...eu vou voltar sempre, mas eu sempre tenho que partir, já que 'o mundo peder a flor quando esta desabrocha...'
- sabe porque eu te amo tanto? porque é ÓBVIO que você não é o melhor partido.
porque é muito claro que tu é mesmo um cafajeste.
porque cai bêbado e só cheira a cigarro.
porque eu não posso contar com a tua presença amanhã só porque te tenho hoje.
porque eu te amo incansavelmente e todo dia de um jeito deliciosamente diferente.
- se eu te explicasse, você não iria entender...era o fim de mais um ano, e pra mim? o começo de um talante que nunca teria fim, mas muitos intervalos, que só iriam fazê-lo dar cria. breve, breve, e intenso, feito o sol nascendo, você já viu o quanto é efêmero? mas eu nunca vi nada mais lindo, e quente, nada mais intenso a ponto de cobrir tudo ao redor e além...
- bateu na mesa. você bateu na mesa, quebrou o copo no chão e me deixou aqui, só. lembra? não, claro que não lembra, bebeu tanto, que não lembra. mas era eu,eu que você disse que sempre ia cuidar...
- era o meu jeito de te deixar, um jeito de você me odiar, e te deixar sem doer, pra você. por que de mim a dor seria inevitável.
-falhou. você pode tocar fogo na casa, rasgar meus vestidos, destruir tudo, tudo enfim...não adianta, eu te amo ,te quero, te desejo. e sempre vai ser assim, e nunca vai mudar. porque todas as vezes que você voltar, eu vou te abraçar com a minha alma, e do caos às pétalas, meu corpo inteiro vai se dedicar na tua vida, e minha pele, meus poros, meus beijos, te trarão pra perto de mim. tu és uma sensação boa e ruim da qual eu nunca vou, nem quero me desprender.
porque nós podemos chamar de paraíso.
[e saíram juntos, com as mãos de encontro...numa cidade com cheiro de mangue,banhados de talantes. e depois? eu ainda não vivi pra contar...ainda.]
terça-feira, 21 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Cuspindo fogo.
hoje não. hoje eu quero me despir de tudo, de todos.tirar todo o pó, sem deixar ninguém debaixo do tapete.juntar todas as crises existenciais,os amores mal resolvidos,as meias furadas, tudo,tudo,tudo.faxinar bem o juízo, arejar o coração.é o difícil de ser sentimental. passa tanta gente e tanta coisa pelo músculo involuntário pulsante que ninguém lembra de arrumar a bagunça. hoje não. hoje eu sou puro egoísmo, hoje eu não fujo da dor: eu a provoco! só, e bem perto de mim, num encontro profundo e intenso.hoje eu não peço nada à ninguém, eu simplesmente tomo o que me competir.hoje eu sou uma noite sem fim de terça de carnaval, eu sou o caos.e ainda assim: sou só amores.
a janela tá aberta a casa é sua,pode morar...
ps: mas é de aluguel.e tenho dito. a escritura? NO WAY.
ps2: pra vanessa.me entende.
a janela tá aberta a casa é sua,pode morar...
ps: mas é de aluguel.e tenho dito. a escritura? NO WAY.
ps2: pra vanessa.me entende.
terça-feira, 7 de julho de 2009
É quando me vem o dia. o dia que me leva, todos os devaneios e desejos, as saudades mais bem quistas que a noite revelara, não há nada, nada que um poeta não resolva, e não há ninguém que nunca tenha se sentido intimimamente tocado por um.
Preciso não dormir, preciso não perder tudo de dentro de mim com o amanhecer. de dia tudo é tão real, e nenhum poeta ébrio de sono tem o mesmo desabrochar.
Durmo coberto com todos os meus pensamentos mais sublimes, os mais avassaladores, todas as letras e palavras bem guardadas, me afagando por dentro, num carinho imenso, de dentro pra fora,povoando minha cabeça, lavando meu coração.
E hoje? o que o sol me deu? só me levou, todos os amores, os desejos, e todas aquelas palavras que eu fui dormir guardando, guardando pra te dar de manhã. Foi tudo embora, como aquelas tais que te amam por toda a vida à noite inteira e te deixam de manhã sem bilhetes nem suspiros. Vai se tudo, tudo embora. A poesia é egoísta, ela não te espera. Ela vem, linda, amável, cheia de vontades e prazeres, mas se vai, da mesma forma que vem, e não espera por ninguém.
fui dormir pensando, guardando as palavras
as palavras que eu quis te dar de manhã.
Preciso não dormir, preciso não perder tudo de dentro de mim com o amanhecer. de dia tudo é tão real, e nenhum poeta ébrio de sono tem o mesmo desabrochar.
Durmo coberto com todos os meus pensamentos mais sublimes, os mais avassaladores, todas as letras e palavras bem guardadas, me afagando por dentro, num carinho imenso, de dentro pra fora,povoando minha cabeça, lavando meu coração.
E hoje? o que o sol me deu? só me levou, todos os amores, os desejos, e todas aquelas palavras que eu fui dormir guardando, guardando pra te dar de manhã. Foi tudo embora, como aquelas tais que te amam por toda a vida à noite inteira e te deixam de manhã sem bilhetes nem suspiros. Vai se tudo, tudo embora. A poesia é egoísta, ela não te espera. Ela vem, linda, amável, cheia de vontades e prazeres, mas se vai, da mesma forma que vem, e não espera por ninguém.
fui dormir pensando, guardando as palavras
as palavras que eu quis te dar de manhã.
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