quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Enigma III

Como Deusa, te criei
como poeta te escrevo
te ilustro, te iludes, me confessas.
Corrosivamente, te exploro e explodes
feito bruma leve que pousa em solo sereno.
Se te fiz em palavras
te desmonto em meu silêncio
toda a matéria fria e vã
que é teu corpo sem meus olhos
teu pecado é não ser Deus,
peça perdão
e despeça-se.

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