terça-feira, 28 de outubro de 2008

Insana noite insone.

O que você desenha,
é a trilha que eu sigo.
E o que teus olhos vêem,
é o meu umbigo.
Minha meta,
te aperta.
O que teus lábios dizem,
são minhas tuas palavras.
O que entra em tua voz,
é o meu ouvido.
O que há em tua unha,
é a nua e crua carne minha.
E o que tenho em minhas mãos,
são fibras tuas.
Minha saliva já habita,
a tua boca.

Um botão em fúria,
um mar em flor.
Somos tão emaranhados,
que minha cabeça desconhece,
e já nem reconhece,
se eu sou eu,
ou se sou você,

a pensar em mim.

(bem gay,e bem brega né? tô bicha... oh,shit.)

3 comentários:

Unknown disse...

lindo, linda.

zu disse...

a-mei!
muito
muito
muito...
e o final me remeteu a um livro de Freud que eu tô lendo "O mal-estar na civilização" que ele diz que o ego e o objeto se confudem, mas que no sentimento de amor, isso não é patologico...

sei lá, lindo. amei.

Dizdizendo disse...

Coisa linda! Sim, gay. E doce <3