o mistério da flor.
Da chuva que vem sem marcar data,
da terra fértil embaixo dos nossos pés.
Tempos secos no sertão,
da alma ou da mente,
e aquela vontade de dizer
só de dizer,
exprimir, semear,
um tal de não se sabe bem o que,
nem como ou porque.
Voa leve, passarinho,
pousa aqui em minha mão,
mas me mostra como eu faço
pra falar pro povo todo
a festa que que tu fazes em meu coração!
Chove fruto,
pousa ao solo,
cajus amarelos,
adoçam a boca da moça
do vestido de chita,
da flor no cabelo,
e aurora no olhar.
Que venham tempos de colheita!
da nova safra de palavras
até então guardadas no solo da alma,
em gestação ansiosa do nascer.
Um comentário:
que imagem mais leve de se ler
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