sábado, 1 de janeiro de 2011

Nem verso, nem reverso, nem inverso.

Não tem métrica,
não tem forma pré-definida:
é ressonância aleatória
de vibração de cachoeira
que se soma a águas outras;
nascente todo dia.
Do fluxo
que se faz;
da permissão da geografia,
seu desenho.
Não para a nascente, de nascer,
não pede licença para isso:
movimento é sua vida.
Ainda que a geografia
escolha seu desenho,
será sempre
vibração aleatória,
ressonância de cachoeira,
fluxo do que nasce todo dia.
Incondicionalmente.

3 comentários:

Fred Caju disse...

O título desse poema é muito bom, faz jus à qualidade dos seus versos. Começou o ano bem, meu bem.

E não custa lembrar que esse e muito mais estão disponíveis aqui, ó: http://www.4shared.com/document/iIbDLtq1/ARAJO_Katarine_-_Domingos_Azui.html

Katarine Araújo. disse...

porque será que esse título é tão bom, hein, poeta? :)))) feliz ano de novas poesias, versos e doces palavras. um cheiro!

Fred Caju disse...

Linkei o e-book lá no Poetas de Marte.